Tempo frio

Tempo frio, cai a neve.
Tempo quente, brilha o sol.
Entre um e outro canta o rouxinol.
Para que tudo isto serve?
Tempo bom, planta o grão.
Tempo de chuva, germina a semente.
Entre um e outro
Para tudo isto serve o chão.
Tempo de amor, tempo de paixão.
Deste tempo surgiu um grão
Cresceu rodeado de muita esperança.
Veio a chuva e novamente o rouxinol

Hoje cem anos; cheios de muita lembrança

Um soneto

A tanto custo eu busco conquistar,
Sem recursos, sem triunfos, sempre a penar,
Com a esperança que me vejas radiante.
Por quem clama essa alma abençoada,
Que teima deixar-me em profundo estupor,
Retira minhas vestes, abala meu pudor,
Ri de minha vida já tão banalizada.
Diz em alto tom que nada sou para ti,
Que tenho que sofrer, tenho que partir,
E que eu carregue este peso na consciência.
Decerto, como sempre, obedecerei,
A você, mulher que mais amei,
Nesta vida de percalços e turbulência.

Quando

Quando estou desligado
num papel de rascunho,
caneta em punho,
é teu nome que escrevo
distraidamente…

Quando cantarolo uma canção,
cujo a letra esqueço,
outros versos invento
e o teu nome murmuro
delicadamente….

Quando acordo a noite
no meio da madrugada
e te vejo deitada
os teus cabelos eu cheiro
suavemente….

Tudo me leva a crer
que eu só consigo viver
se a tenho por perto.
Tudo me lembra você
só me resta torcer
para que sempre dê certo