Se eu soubesse

Ah se eu soubesse levar
A vida de uma forma mais leve
E quando perdesse um amor,
Dissesse, vá com Deus e até breve.
Ah se eu pudesse entender
O que na vida tanto me entristece,
Eu diria à Deus, nosso Senhor,
Atenda de agrado minha prece.
Eu tenho muito o que aprender,
A ser ao outro um sapato que sirva,
Que não aperte demais os seus pés,
Que não provoque doloridas feridas.
Todo amor que não transborda,
Não alimenta e também não aquece,
Faz da luz que um dia brilhou
Se apagar enquanto a alma escurece.

Natural

.

É tão natural que me confundas,
É tão natural que eu te queira,
Quando em ti, minha alma se aprofunda,
eu não me vejo de outra maneira.
Eu não me enxergo em outra
Eu não me vejo sem você
Sem o som que ouço de tua boca
Sem o corpo que ouso corromper.
Eu já não me consinto
Sequer, de ti, uma recusa,
Choro, imploro e até minto
Enquanto meu querer te esmiúça.
Peço apenas que venhas
Tomar posse do que te pertence
Não ignore nem mesmo se abstenhas
Faça, não pense.
E tudo há de ser natural
O êxtase, a febre e a loucura,
Que aquele encontro casual
Findou minha eterna procura.

Será

A inteligência sem amor, te faz perverso
A justiça sem amor, te faz implacável
A diplomacia sem amor, te faz hipócrita
O êxito sem amor, te faz arrogante
A riqueza sem amor, te faz avaro
A docilidade sem amor te faz servil
A pobreza sem amor, te faz orgulhoso
A beleza sem amor, te faz ridículo
A autoridade sem amor, te faz tirano
O trabalho sem amor, te faz escravo
A simplicidade sem amor, te deprecia
A oração sem amor, te faz introvertido
A lei sem amor, te escraviza
A política sem amor, te deixa egoísta
A fé sem amor te deixa fanático
A cruz sem amor se converte em tortura
A vida sem amor… não tem sentido