Curiosidades – Novembro

Novembro é o décimo primeiro e penúltimo mês do ano no calendário gregoriano e o penúltimo mês do ano, tendo a duração de 30 dias. Novembro deve o seu nome à palavra latina novem (nove), dado que era o nono mês do calendário romano, que começava em março. Novembro foi o nono mês do calendário de Rômulo c.  750 a.C. Novembro manteve seu nome (do latim novem que significa “nove”) quando janeiro e fevereiro foram adicionados ao calendário romano.

Novembro é um mês de final da primavera no hemisfério sul e final do outono no hemisfério norte. Portanto, novembro no hemisfério sul é o equivalente sazonal de maio no hemisfério norte e vice-versa. Na Roma Antiga, Ludi Plebeii era realizado de 4 a 17 de novembro, Epulum Jovis era realizado em 13 de novembro e as celebrações de Brumalia começavam em 24 de novembro. Essas datas não correspondem ao calendário gregoriano moderno. Novembro foi referido como Blōtmōnaþ pelos anglo-saxões. Brumário e Frimário foram os meses em que novembro caiu no calendário republicano francês.

Novembro começa no mesmo dia da semana que março e, exceto em anos bissextos, também como fevereiro. Em novembro, temos o zodíaco ou signo zodiacal de Escorpião (23 de outubro a 21 de novembro), no final do mês vai para Sagitário (22 de novembro a 21 de dezembro).

A Igreja católica dedica o mês de novembro em oração às pobres Almas do Purgatório.

 

 

Homenagem – Patativa do Assaré

Patativa do Assaré (Antônio Gonçalves da Silva) nasceu no sítio Serra de Santana, pequena propriedade rural no município de Assaré no Sul do Ceará, no dia 5 de março de 1909. Foi o segundo dos cinco filhos dos agricultores Pedro Gonçalves da Silva e Maria Pereira da Silva.

Com seis anos, perdeu a visão do olho direito em consequência do sarampo. Órfão de pai aos oito anos de idade, teve que trabalhar no cultivo da terra, ao lado do irmão mais velho, para sustentar a família. A terra de seu pai foi dividida entre os cinco filhos, quatro homens e duas mulheres.

Com a idade de 12 anos, Patativa do Assaré frequentou uma escola e durante quatro meses aprendeu a ler e se apaixonou pela poesia. Com 13 anos começou a fazer pequenos versos. Com 16 anos comprou uma viola e logo começou a fazer repentes com os motes que lhe eram apresentados.

Descoberto pelo jornalista cearense José Carvalho de Brito, Patativa publicou seus textos no jornal “Correio do Ceará”. O apelido de Patativa surgiu porque suas poesias eram comparadas com a beleza do canto dessa ave nativa da Chapada do Araripe.

Com vinte anos, Patativa do Assaré começou a viajar por várias cidades do Nordeste e diversas vezes se apresentou na Rádio Araripe. Viajou para o Pará em companhia de um parente, José Alexandre Montoril, que lá morava.

Patativa passou cinco meses cantando ao som da viola em companhia dos cantadores locais. Nessa época, incorporou o Assaré ao seu nome. Patativa do Assaré foi casado com D. Belinha e teve nove filhos.

Entre 1930 e 1955, Patativa permaneceu na Serra de Santana, época em que compôs a maior parte de sua poesia. Nessa época, passou a declamar seus poemas na Rádio Araripe, quando foi ouvido pelo filólogo, José Arraes, que o ajudou na publicação de seu primeiro livro, “Inspiração Nordestina” (1956), no qual reuniu vários poemas.

Mesmo com um linguajar rude, falado pelo sertanejo, crivado de erros e mutilações, a poesia de Patativa do Assaré teve projeção por todo o Brasil com a gravação de “Triste Partida” (1964), imortalizada na voz de Luiz Gonzaga:

Setembro passou
Oitubro e Novembro
Já tamo em Dezembro
Meu Deus, que é de nós,
Meu Deus, meu Deus
Assim fala o pobre
Do seco Nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz. (…)

A poesia de Patativa do Assaré mostra uma visão crítica da dura realidade social do povo sertanejo, o que lhe valeu o título de “Poeta Social”. Um exemplo é o poema “Brasi de Cima e Brasi de Baixo:

Meu compadre Zé Fulô,
Meu amigo e companheiro,
Faz quage um ano que eu tou
Neste Rio de Janeiro;
Eu saí do Cariri
Maginando que isto aqui
Era uma terra de sorte,
Mas fique sabendo tu
Que a miséra aqui no Su
É esta mesma do Norte.

Tudo o que procuro acho,
Eu pude vê neste crima,
Que tem o Brasi de Baxo
E tem tem o Brasi de Cima.
Brasi de Baxo, coitado!
É um pobre abandonado;
O de Cima tem cartaz,
Um do ôtro é bem deferente;
Brasi de Cima é pra frente,
Brasi de Baxo é pra trás. (…)

Mesmo longe dos grandes centro, Patativa estava sempre atento com os fatos políticos do país, a política também foi tema de sua obra. Durante o regime militar, ele criticou os militares e chegou a ser perseguido. Participou da campanha das Diretas Já e, em 1984 publicou o poema “Inleição Direta 84”.

Patativa do Assaré publicou inúmeros folhetos de cordel, viu seus poemas serem publicados em jornais e revista. Suas poesias foram reunidas em diversos livros, entre eles: “Cantos da Patativa” (1966), “Canta lá Que Eu Canto Cá” (1978), “Aqui Tem Coisa” (1994). Com a produção do cantor Fagner, ele gravou o LP “Poemas e Canções” (1979). Em 1981 lançou o LP “A Terra é Naturá”.

Bráulio Bessa (1985), poeta, declamador, escritor e palestrante cearense, conta que aprendeu a amar a poesia depois que conheceu os poemas de Patativa do Assaré.

Ao completar 85 anos, Patativa do Assaré foi homenageado com o LP “Patativa do Assaré – 85 Anos de Poesia” (1994), com participação das duplas de repentistas, Ivanildo Vila Nova e Geraldo Amâncio, Otacílio Batista e Oliveira de Panelas.

Os livros de Patativa do Assaré foram traduzidos em diversos idiomas e seus poemas tornaram-se temas de estudo na Sorbonne, na cadeira da Literatura Popular Universal, sob a regência do Professor Raymond Cantel.

Patativa do Assaré, sem audição e totalmente cego desde o final dos anos 90, faleceu em consequência de falência múltipla dos órgãos, em sua casa em Assaré, Ceará, no dia 8 de julho de 2002.

 

 

Fonte: ebiografia.com

Novembro – fatos históricos e datas comemorativas (4)

Dia 22/11 – Morte do pianista, compositor, violinista e gaitista fluminense Newton Mendonça, que foi um dos mais importantes letristas da bossa nova. Seu modo de escrever, usando substantivos até então raramente usados em letras de músicas brasileiras, foi fundamental para chamar a atenção das pessoas para a Bossa Nova, especialmente os jovens. Injustiçado historicamente, foi um dos grandes responsáveis pelo início da Bossa Nova

Marinheiros a bordo dos navios de guerra do Brasil, incluindo o Minas Gerais, São Paulo e Bahia, se rebelam violentamente, iniciando o movimento conhecido como Revolta da Chibata.

Dia Internacional do Músico – comemoração internacional, oficializada no Brasil como “Dia da Música”, em louvor à Santa Cecília, que desde o século XV é considerada padroeira da música sacra e, consequentemente, tida também como padroeira dos músicos.

23/11 – Início da Intentona Comunista no Brasil.

Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil.

Dia 24/11 – Morte do radialista, jornalista e apresentador mineiro Fernando Vanucci.

Dia 25/11 – Nascimento do escritor português Eça de Queiroz e do general e ditador chileno Augusto Pinochet.

Morte do treinador e ex-futebolista argentino Diego Maradona.

Albert Einstein conclui sua Teoria da Relatividade Geral, apresentando o ensaio “Movimento Eletrodinâmico dos Corpos” para a Academia de Ciências da Prússia.

Dia Nacional do Doador de Sangue.

Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres – comemoração internacional, ratificada pela ONU na sua Resolução A/RES 54/134, de 17 de dezembro de 1999.

Dia Nacional da Baiana de Acarajé – comemoração criada pela Lei Nº 12.206, de 19 de janeiro de 2010, que tornou nacional uma celebração inicialmente apenas da capital do estado da Bahia.

Dia 26/11 – Criação do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.

Dia 27/11 – Nascimento do escritor paulista Raduan Nassar, que recebeu o Prêmio Camões em 2016 e do lutador de artes marciais, ator e cineasta sino-americano Lee Jun-fan, o Bruce Lee.

Dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama.

Dia dos Profissionais de Segurança do Trabalho.

Dia 28/11 – Morte do escritor gaúcho Érico Veríssimo.

Dia 29/11 – Dia Internacional de Solidariedade para com o Povo Palestino – comemoração internacional instituída pela ONU. Tem como finalidade marcar a data da aprovação da resolução Nº 181, de 29 de novembro de 1947, na 2ª sessão da Assembleia Geral da ONU, que então versava sobre a partilha da Palestina, e que possibilitou a criação do Estado de Israel.

Dia 30/11 – Nascimento do ex-futebolista, ex-técnico e comentarista paulista Muricy Ramalho.

Morte do poeta português Fernando Pessoa e do cantor, compositor, poeta e violonista fluminese Angenor de Oliveira, o Cartola.

Assinatura do tratado Declaração do Iguaçu, realizado em Foz do Iguaçu, entre o Brasil e Argentina, lançamento da ideia da integração econômica e política do Cone Sul. Este acordo serviu deu origem a um processo que levaria ao estabelecimento do Mercosul.

 

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br