Diz a velha numa roda,
com seu risinho difuso:
– Posso estar fora de moda,
não, porém, fora de uso…
(Antônio Augusto de Assis – Maringá/PR)
Bem alto a velha gritou:
– Tem um ladrão na cozinha!
Mas quando ele a assediou:
– Não tem não, pensei que tinha!
(Mário Moura Marinho – Sorriso/MT)
A velha sopra a velinha
sem o devido cuidado
e o “sorriso” da velhinha
fica, no bolo, encravado.
(Bessant – Pindamonhangaba / SP )
Museu… A velha já torta,
vai, bem catita, saindo:
barra-lhe o guarda na porta:
– Pega! O acervo tá fugindo!
(Bessant – Pindamonhangaba / SP )
Do genro é surpreendente
a atitude solidária:
A velha fica doente
e ele chama a funerária.
(João Costa – Saquarema/RJ)
A velha Inês tudo agoura…
é a mais ríspida pessoa;
se eu lhe der uma vassoura
é certeza que ela voa.
(Mário Moura Marinho – Sorriso/MT)
Viu a velha e diz bobagem,
sem pensar em seus deslizes:
“Mas… que bela tatuagem!”
– “Tatuagem?!… São varizes!…”
(Jaime Pina Silveira – São Paulo/SP)
Por não sair mais de casa,
diz a velhota ranzinza:
– Eu, jovem, “mandava brasa”;
– Hoje, velha, “espalho cinza”…
( Antônio Colavite Filho – Santos/SP )
Zé pensou estar no Inferno,
em forma de alma penada,
cumprindo um castigo eterno,
ao ver a velha pelada.
(Sandro Pereira Rebel – Niterói/RJ )
Minha sogra é feia e fútil.
Folgada… não sai da cama.
Esta velha é mais inútil
do que bolso de pijama.
(Arlindo Tadeu Hagen – Juiz de Fora/MG )
Fonte: FALANDO DE TROVA