Meu contínuo ato

 Fico eu a pensar…
Nas minhas utopias.
E na nova geração que já não sonha mais!
E pensar nas múlti-plas razões…
Do meu contínuo ato de escrever!
Textos que ninguém vai compreender.
Aí vem o desejo…
De revisar os meus velhos textos!
E lembro-me também de re-visitar.
Meus antigos mestres já mortos!
Então eu ensaio o meu Adeus às Armas!
Eu não consigo!
Ensaio o meu Motim!
Eu não consigo!
Ensaio o meu Boy-cote!
Eu não consigo!
Ensaio a minha Greve de fome!
Eu não consigo!
Ensaio o meu Retorno à vida.
Eu não consigo!
Aí tento escrever algo novo…
Eu não consigo!
Tento viver outra vida!
Eu não consigo!
Tento novos hábitos!
Eu não consigo!
Tento novos padrões de consumo!
Eu não consigo!
Tento ficar sozinho…
Eu não consigo!
Tento quebrar o silêncio sepulcral!
Em mim…
E não consigo!
Tento entender as pessoas!
Eu não consigo!
Tento compreender-te…
Eu não consigo!
Tento me esconder de ti…
Eu não consigo!
Tento te esquecer por completo…
Eu não consigo!
Ensaio me entender…
Eu não consigo!