Apagar da memória qualquer pista,
deletar da minha vista a tua imagem.
Vou fazer por pura sacanagem,
até que meu coração, de você, desista.
Vou me desfazer dos teus presentes.
pertences daqueles dias felizes,
do cheiro de teu perfume,
dos arroubos de ciúmes,
quero apagar os teus deslizes.
Vou me transformar em outra pessoa,
qual soa uma velha ladainha,
acordes de um violão desafinado,
rimas de um poema mal versado,
ponto final, fim da linha.
E quando, tu te deres conta,
e perceberes que não estou ao teu alcance,
decerto há de procurar nas lembranças,
e, quem sabe, alimentar a esperança,
de ter uma última chance.