Natural

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É tão natural que me confundas,
É tão natural que eu te queira,
Quando em ti, minha alma se aprofunda,
eu não me vejo de outra maneira.
Eu não me enxergo em outra
Eu não me vejo sem você
Sem o som que ouço de tua boca
Sem o corpo que ouso corromper.
Eu já não me consinto
Sequer, de ti, uma recusa,
Choro, imploro e até minto
Enquanto meu querer te esmiúça.
Peço apenas que venhas
Tomar posse do que te pertence
Não ignore nem mesmo se abstenhas
Faça, não pense.
E tudo há de ser natural
O êxtase, a febre e a loucura,
Que aquele encontro casual
Findou minha eterna procura.