No dia que morri
Nada mudou
Ninguém chorou
Todos amaram
Se ajuntaram
Se espalharam
Cada um no seu rumo
Cada qual na sua estrada
Cada cada com seu medo
A Natureza notou
Engoliu-me
Transformou-me
Fez de mim
Parte de si.
Diversão e cultura. A arte de escrever.
No dia que morri
Nada mudou
Ninguém chorou
Todos amaram
Se ajuntaram
Se espalharam
Cada um no seu rumo
Cada qual na sua estrada
Cada cada com seu medo
A Natureza notou
Engoliu-me
Transformou-me
Fez de mim
Parte de si.
Encaixar no descabido
Desvendar o já sabido
Ao lixo o que está vencido
Encontrar velhos caminhos
Indagar aquela resposta
Transbordar até o copo
Bater a última porta
Pedir perdão perdoar
Um adeus acenar
Esquecer o endereço
Fingir um recomeço
Hoje não posso jantar
Sou mulher,
Posso fazer o que eu quiser?
Tenho direito ao frio e ao calor
À paixão e ao amor
Sair na rua, ver o sol
As estrelas apreender
A Terra iluminar
Respirar?
Quem me dera!
Sou livre, mas…
minha mãe também.
Sou feto, sou fêmea, sou humana
Tenho lugar nesta sociedade insana?